10 estilos de decoração irresistíveis que deverá usar em casa

Existem múltiplas formas de decorar uma casa, desde a maneira mais clássica à mais moderna e arrojada sendo que a escolha deve refletir não só o gosto quanto a personalidade do decorador. Conheça 10 estilos de decoração irresistíveis que deverá usar em casa e embeleze-a à sua medida.

1. Decoração clássica

A decoração clássica nunca chegou a sair de moda e é um estilo que se for seguido com bom gosto trará um charme indiscutível a qualquer casa. O estilo clássico na decoração de interiores caracteriza-se pela inclusão da elegância requintada e riqueza de detalhes. Materiais nobres (madeiras de carvalho, cerejeira e faia, porcelanas e cristais, bronzes e tecidos finamente bordados, sedas e veludos), espaços amplos com estruturas muito trabalhadas e ornamentadas (tetos, paredes e rodapés), fazem parte da decoração clássica.

A própria arquitetura da casa deverá ter linhas elegantes e pé direito alto de forma a acomodar harmoniosamente os móveis de estilo clássico, quase sempre altos, sumptuosos e elegantes. A cor é outro elemento muito importante na decoração de estilo clássico, cores sóbrias e sólidas como o castanho, azul-escuro, preto, vermelho e verde são as mais aconselhadas. Para suavizar o ambiente escuro podem usar-se dourados, beges, cremes, bronzes e brancos em quantidade equilibrada.

Cortinas, candeeiros, tapetes, almofadas, molduras de espelhos, quadros, puxadores e outros objetos decorativos precisam de ser escolhidos em harmonia de cor e formato com o restante cenário sóbrio. Os pormenores são muito valorizados mas deve ter-se o cuidado necessário para que não se caia na tentação de exagero, que poderá desvirtuar o estilo clássico.

2. Estilo moderno

Surgiu no inicio do séc. XX e veio trazer uma lufada de simplicidade e funcionalidade às casas dessa época. Valoriza materiais novos de linhas marcadas e fortes e mobiliário do tipo minimalista. A expressão artística e as texturas são preteridas em favor da praticabilidade da decoração e as cores são preferencialmente brancas e claras. Tudo é concebido a pensar no quão funcional pode ser.

Adota mobiliário de linhas retas, sem enfeites ou formas trabalhadas. Não confere importância a objetos decorativos, salientando antes a qualidade dos elementos integrados na decoração. A iluminação é fundamental e a luz natural e a artificial são prioritárias, fazendo-se uso de janelas, claraboias e candeeiros que assumem protagonismo dentro de casa.

3. Estilo contemporâneo

Apareceu em meados dos anos 70 e apesar de ter muitas semelhanças com o estilo moderno é menos rígido e incorpora outros estilos. Este estilo decorativo aposta nas cores, valoriza linhas suaves mas com apontamentos de arte apesar de manter um aspeto despojado, que o distancia do barroco ou do clássico. Tal como no estilo moderno os móveis são na sua generalidade muito práticos e funcionais.

A luz é também muito valorizada e procura-se sempre potenciar a luz natural da cada casa, bem como realçar a luz artificial e os seus efeitos na decoração. No estilo contemporâneo contempla-se muito as cores castanhas, cinzentas, azuis-escuros, pretos e brancos. A presença do vermelho, laranja e verde na decoração contemporânea faz definitivamente a separação entre os dois estilos (moderno e contemporâneo), uma vez que no estilo moderno apenas se utilizam cores brancas ou em tons claro.

4. Estilo chic casual

Mantém o encanto e a magia elegante das casas mais antigas, mas ao mesmo tempo inclui pormenores dos dias de hoje. O estilo chic casual é um incentivo para que se desfrute da vida e do conforto de casa de forma tranquila e feliz. As cores são neutras, as almofadas são numerosas, os sofás confortáveis e espaçosos, os tecidos são suaves ao tato e à vista.

Existe preferência pelos móveis de madeira, em tons claros. As cortinas são leves e em tecidos floridos ou muito padronizados. Por todo o lado se cria a ilusão de estar num cenário aonde tudo foi feito à mão. O mais importante no estilo de decoração chic casual é que a personalidade do dono da casa transpareça em cada objeto. As regras quanto aos objetos de decoração são por isso inexistentes sendo permitido o uso e abuso de tudo aquilo que maior prazer der ao decorador.

5. Estilo rústico

A decoração em estilo rústico permite fugir ao stress urbano do dia-a-dia e faz com que um pouco do campo chegue às nossas casas. Proporciona um ambiente acolhedor e muito aconchegante, misturando o antigo com o moderno. O segredo está em misturar peças de decoração perfeitamente modernas com objetos de aspeto rústico que vão contribuir para o toque campestre dentro de casa.

Muito mais do que valorizar objetos, o estilo rústico potencia os acabamentos, dando-lhes um papel de protagonismo em toda a decoração. Pedras e vigas expostas, madeiras toscas com toques de imperfeição, conjugação de diferentes tipos de madeiras, distintas texturas e tons variados no mesmo cenário são o que caracteriza o estilo rústico. O estilo dos objetos e dos móveis é em muito realçado pela exposição das suas aparentes imperfeições.

As cores ideais para este tipo de decoração são os pastéis, tons suaves de terra, e todos os tons claros. Os objetos decorativos têm uma primazia acentuada devendo-se conferir especial atenção a cestos, quadros, cerâmicas, molduras, candeeiros, bancos, etc.

6. Estilo minimalista

Atingir o equilíbrio através da eliminação do supérfluo é o lema da decoração minimalista. Neste tipo de decoração só tem lugar aquilo que é indispensável, embora não se descure o bom gosto e a noção de beleza. A decoração é cuidada, apesar de funcional e desenganem-se aqueles que pensam conseguir uma decoração minimalista através de paredes nuas e salas vazias.

A essência deste tipo de decoração passa pela boa organização, que dita que cada objeto deva ser eficazmente guardado quando não está a ser necessário. Na decoração minimalista aproveitam-se de forma inteligente todos os recursos de luz natural e artificial que a casa ofereça., optando-se por manter o ambiente claro e bem iluminado. Nas cores há a primazia do branco, preto e cinzento, bem como de algumas outras cores de tons neutros.

A própria arquitetura da casa deve ser orientada de forma a potenciar a luz natural como forma de engrandecer o cenário. Os móveis são em linhas retas, tons neutros e com o mínimo de acessórios possíveis. Persianas no mesmo tom das paredes, tapetes que combinem harmoniosamente com o tom das paredes são outros apontamentos muito usuais na decoração minimalista.

Poucos objetos decorativos colocados em locais estratégicos, não para encher o espaço indiscriminadamente, mas sim para completá-lo são os remates indispensáveis para a decoração minimalista. Molduras, jarros, relógios e livros são admissíveis, mas apenas em quantidade muito limitada e sempre tendo em vista o complementar da decoração, e nunca como decoração propriamente dita.

7. Estilo romântico

Tal como o nome indica, a decoração de estilo romântico é suave, elegante e delicada. Não é de forma nenhuma uma decoração exclusivamente feminina, nem está reservada a moças adolescentes que sonham com príncipes encantados. A decoração de estilo romântica é seguida e escolhida por muitas pessoas um pouco por todo o mundo e confere às casas um ambiente incrivelmente bonito e irreal.

Inspirada no estilo clássico, a decoração romântica introduziu os tons mais claros, os floreados, as cores branco e pastel na decoração. Esta decoração adotou os padrões, os floreados e os apontamentos de cores fortes (vermelho, amarelo ou azul) como forma de criar um contraste entre antigo e moderno. Móveis antigos mas restaurados em tons escuros e dourados, ou completamente brancos fazem a imagem de marca do estilo romântico.

Os beges e os tons coloridos, os folhos e rendas, as flores, as listras e o xadrez constituem o estilo romântico de decoração de interiores. A imponência na decoração dos quartos de cama em estilo romântico é um dos pontos altos desta decoração. Camas enormes, altas e servidas por dossel, colchas e almofadas ricamente bordadas e tecidas, arranjos florais e espelhos são o toque final nesta decoração aonde o sentimento de amor impera.

8. Estilo industrial

Originário de Nova Iorque, nos anos 50 e 70, o estilo industrial é uma resposta funcional e elegante às cada vez menores dimensões das casas e apartamentos. Devido à escassez de acomodações e ao aumento de procura de casa, começou a equacionar-se a viabilidade de alugar galpões e armazéns até então destinados a fábricas e armazéns, e que passaram a servir como moradia para diversas pessoas.

As paredes foram encaradas como algo supérfluo na decoração industrial, e assistimos muitas vezes a grandes espaços dentro de casa, sem qualquer parede a dividir os diferentes espaços habitacionais. A primazia é dada aos ambientes integrados aonde a funcionalidade é exaltada ao máximo. O estilo industrial caracteriza-se por tudo aquilo que nos lembre de fábricas, armazéns e outras instalações industriais.

Neste estilo é frequente verem-se paredes com a tubagem de fora, canos exteriores e instalações elétricas à superfície. Paredes por pintar, tijolos de fora, traves e vigas expostas são muito comuns na decoração industrial. A cor é consentida desde que usada com moderação e de preferência para provocar o realce entre o cimento e o cinzento da decoração. Paredes todas em tijolos, escadas, prateleiras, balcões e outros objetos são muito utilizados neste tipo de decoração.

Estantes são empregues como se fossem paredes divisórias e funcionam simultaneamente como móveis de armazenamento. O estilo industrial tem algumas afinidades com o estilo minimalista e utiliza muito o conceito de reciclagem. Reciclar para ajudar o planeta é o lema dos decoradores industriais, e quanto mais forem os móveis reciclados melhor. As paletes de madeira são um exemplo flagrante da reciclagem no estilo industrial. Podem ver-se paletes de madeira a fazer de móveis, a funcionar como cadeiras ou sofás, etc…

A importância da luz é crucial para que não se transforme o ambiente num cenário escuro e sufocante. Luzes brancas ou o recurso a diversos focos de luz espalhados pela casa é algo que não se pode negligenciar. Todos os objetos difusores de luz devem ser elegantes e em design moderno. A grafite faz parte do estilo industrial e não é raro verem-se casas decoradas neste estilo com uma ou mais paredes inteiramente decoradas com grafites.

9. Estilo retro

O estilo retro inspira-se no antigo e recria nos dias de hoje aquilo que já foi moda no passado (caixas, embalagens, etiquetas, etc). É como ler um livro muito antigo, mas utilizando instrumentos do presente. O estilo retro concilia objetos idênticos aos que existiram no passado, com outros artigos absolutamente contemporâneos sem que se registe prejuízo na sensação de nostalgia e conforto inerentes às imagens de antigamente.

Existe uma relação de harmonia entre o que já foi e o que é agora, passado e presente recriados lado a lado, e por isso a decoração retro não equivale a decoração antiquada ou desatualizada. Alguns fabricantes de revestimentos, móveis e eletrodomésticos empenham-se em fabricar artigos modernos que façam relembrar os objetos característicos dos anos 50, 60 e 70, constituindo uma preciosa fonte de recursos para os decoradores apaixonados pelo estilo retro. Ousado e inovador sem deixar nunca de relembrar o passado, o renovar da casa é o que caracteriza o estilo retro.

10. Estilo vintage

O estilo vintage ao contrário do estilo retro não recria objetos semelhantes aos do passado, mas refere-se de facto a algo que é antigo e de boa qualidade. Desde os anos 20 aos anos 70 é possível conseguir-se um estilo de decoração inspirado nos anos dourados das épocas clássicas, fazendo uso de objetos verdadeiramente antigos, delicados e românticos, restaurados e /ou em muito bom estado.

É o estilo “old-fashioned” que traz o antigo de volta literalmente para as nossas casas. Rejuvenescer os ambientes usando cores e formas de anos passados de forma charmosa e sem ostentação é o desafio do estilo vintage. Neste estilo é possível conciliar objetos decorativos realmente muito antigos com outros completamente atuais criando um efeito de ousadia e rebeldia que ajuda a difundir o estilo vintage por um cada vez maior numero de adeptos.

Este estilo não abarca apenas uma ou duas décadas, ele estende-se por várias décadas diferentes com estilos próprios e específicos que aparecem assim misturados no vintage com uma graça e elegância inexplicáveis. Embora alguns objetos vintage possam atingir preços verdadeiramente astronómicos, não é necessário muito dinheiro para se conseguir uma decoração muito interessante, sendo apenas preciso bom gosto e bom senso na combinação dos objetos de variadas épocas.

Deve insistir-se nos tons apagados e neutros (rosa antigo, branco e dourado) e nas formas clássicas e arredondadas. Lojas de artigos em segunda mão, leilões, antiquários, a casa de avós ou de outras pessoas idosas são as principais fontes de abastecimento para a decoração vintage. Gaiolas, bicicletas, rádios antigos, relógios, candeeiros, bordados e afins são alguns dos muitos artigos que se podem utilizar na decoração vintage.

Existem muitos outros estilos de decoração para interiores que podem ser utilizados em casa, tudo dependendo do gosto pessoal, da arquitetura da casa e da disponibilidade financeira de quem decora. A decoração de uma casa reflete a personalidade de quem lá vive, e constitui o cenário aonde se vai desenrolar a vida doméstica durante um tempo considerável. Por isso há que pensar bem no tipo de decoração pretendida e trabalhar afincadamente para a obtenção de um ambiente acolhedor e confortável.

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